Cases e Análises

Programa STEMI Santa reduz mortes por infarto em 40%

O programa STEMI Santa, lançado em 2023, utiliza telemedicina para reduzir em 40% a mortalidade por infarto no Hospital Santa Marcelina, melhorando o tempo de atendimento e diminuindo custos. Com eletrocardiogramas rápidos e angioplastia primária, o tratamento se torna mais eficaz e acessível, beneficiando tanto o SUS quanto os pacientes.

A telemedicina pioneira está transformando o tratamento de infartos no SUS. Com o programa STEMI Santa, o Hospital Santa Marcelina reduziu em 40% as mortes por infarto. Desde novembro de 2023, o sistema atende pacientes em seis unidades, otimizando o tempo de atendimento e reduzindo custos.

Funcionamento do Programa STEMI Santa

O Programa STEMI Santa foi desenvolvido para otimizar o atendimento de pacientes com suspeita de infarto nas seis unidades da rede Santa Marcelina.

O processo começa com a realização de um eletrocardiograma nos primeiros dez minutos após a chegada do paciente ao pronto-socorro.

Esse exame é essencial para identificar rapidamente casos de infarto com elevação do segmento ST, uma condição crítica que requer intervenção imediata.

Após o exame, os dados do paciente, incluindo imagens do eletrocardiograma, são inseridos em um sistema especializado.

Este sistema é acessado por cardiologistas que têm até três minutos para avaliar as informações e confirmar o diagnóstico de infarto.

Essa rapidez é fundamental para garantir que o paciente receba o tratamento adequado o mais rápido possível, minimizando danos ao coração.

Confirmado o diagnóstico, o paciente é imediatamente transferido para a unidade de cateterismo do Hospital Santa Marcelina, onde uma equipe médica já está preparada para realizar a angioplastia primária.

Esse procedimento é mais eficaz do que o uso de trombolíticos, que têm eficácia de apenas 80% e são mais caros. A angioplastia primária, com eficácia superior a 98%, garante um tratamento mais seguro e eficiente.

Impacto no Tratamento de Infartos

O impacto do Programa STEMI Santa no tratamento de infartos tem sido significativo, resultando em uma redução de 40% na mortalidade por infarto no Hospital Santa Marcelina.

Essa redução é atribuída principalmente à diminuição do tempo porta-balão, que é o intervalo entre a chegada do paciente ao hospital e a realização da angioplastia primária. Com a implantação do sistema de telemedicina, esse tempo foi reduzido de 120 para 89 minutos.

Além de salvar vidas, o programa trouxe benefícios econômicos. A redução do uso de trombolíticos, que são caros e menos eficazes, e a diminuição do tempo de internação em UTI resultaram em economia significativa para o Sistema Único de Saúde (SUS).

O uso de angioplastia primária, que é mais eficaz, também melhora a qualidade de vida dos pacientes, reduzindo a necessidade de tratamentos adicionais.

O sucesso do programa demonstra o potencial da telemedicina para transformar o tratamento de emergências médicas, não apenas para infartos, mas também para outras condições críticas como acidente vascular cerebral (AVC) e septicemia.

A tecnologia pode ser facilmente implementada em outras regiões, exigindo apenas um sistema de comunicação eficaz e uma equipe médica bem treinada.

Fonte: Época Negócios

Willian Souza

Colunista no segmento Cases e Análises | C.O.O. no Grupo Ideal Trends, com ampla experiência como líder de operações e gerente de projetos. Também possui vasta experiência em marketing digital, tecnologia, inovações, gerenciamento de equipes, análise estratégica de mercados e competitividade industrial.

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