O ensaio não destrutivo (END) é um conjunto de técnicas utilizadas para identificar falhas em materiais, componentes ou estruturas sem danificá-las. Estes procedimentos são desenvolvidos com o intuito de melhorar a qualidade e segurança das instalações. Para saber mais sobre como funciona, vantagens e métodos utilizados, confira os tópicos abaixo!
- O que é ensaio não destrutivo e qual sua importância?
- Vantagens dos ensaios não destrutivos
- Principais técnicas de ensaios não destrutivos (END)
- Quando realizar os testes não destrutivos?
- Principais aplicações dos ensaios não destrutivos
- Por que fazer uso de ensaios mecânicos?
- Como ter os melhores resultados fazendo uso dos ensaios não destrutivos?
O que é ensaio não destrutivo e qual sua importância?
O ensaio não destrutivo (END) é uma técnica utilizada para avaliar as propriedades de um material, estrutura ou objeto sem deformá-lo.
Assim, o item mantém as suas características químicas, físicas, mecânicas e dimensionais, sem que tenha a perda de qualquer parte integrante dele durante a vistoria.
O ensaio não destrutivo é usado em diversas áreas, como na indústria de petróleo e gás, construção civil, manufatura de componentes, inspeção de equipamentos, entre outras.
Em resumo, o processo refere-se a uma série de testes que submetem produtos a uma aplicação de fenômenos físicos, emissão de partículas subatômicas e outras técnicas.
Caso o objeto consiga resistir às análises, ele estará apto a seguir para o mercado e chegar até o consumidor final.
Diferença entre ensaio não destrutivo e ensaio destrutivo
Como citado, o ensaio não destrutivo permite que os inspetores detectem e avaliem defeitos em materiais e componentes sem comprometer sua integridade ou funcionalidade.
Isso ajuda a garantir a segurança e confiabilidade dos produtos e equipamentos que são fabricados e utilizados em diversas áreas da indústria.
Além dessa técnica, também é possível contar com os ensaios destrutivos, que são utilizados com maior frequência na manufatura.
Estes tipos de procedimentos tem como objetivo destruir uma amostra como teste. Isso é feito geralmente para verificar alguns pontos estruturais do produtos, que podem ser:
- Solidez;
- Segurança;
- Durabilidade;
- Resistência.
Um dos exemplos mais populares da prática são os ensaios de tração, que são usados para medir a força necessária para esticar um material até o seu ponto de ruptura.
Tanto os ensaios não destrutivos quanto os destrutivos são muito vantajosos, mas requer certa atenção do contratante para definir a técnica mais adequada para a vistoria pretendida.
Vantagens dos ensaios não destrutivos
O ensaio não destrutivo funciona como um filtro de qualidade, pois possibilita eliminar defeitos nos lotes seguintes do produto, de forma que chegue ao seu potencial ideal de resistência, durabilidade e performance.
Não só isso, os ensaios não destrutivos garantem várias outras vantagens às empresas. Entre elas, é possível citar:
- Inspeção em 100% dos componentes;
- Resultados mais precisos de volume de uma peça;
- Melhora do projeto;
- Prevenção de falhas de serviço;
- Detecção e direcionamento de defeitos;
- Caracterização de materiais;
- Verificação das dimensões de uma peça.
Com isso, os produtos podem ser aprimorados até chegar aos padrões de qualidade que a empresa pretende atingir.
Principais técnicas de ensaios não destrutivos (END)
Existem vários tipos de ensaios não destrutivos, cada um com sua finalidade específica.
Algumas das principais técnicas de END são:
Ultrassom
A técnica de ultrassom envolve o uso de ondas sonoras de alta frequência para detectar descontinuidades em um material.
É amplamente utilizada para avaliar a espessura de peças metálicas, detectar rachaduras, cavidades e outras falhas internas.
Radiografia
A radiografia é uma técnica comum que usa raios-X ou raios gama para penetrar o material e produzir uma imagem da seção transversal do objeto.
É útil para detectar descontinuidades internas, como trincas, porosidade e variações de densidade em diferentes tipos de estruturas.
Partículas magnéticas
Essa técnica de ensaio não destrutivo envolve a aplicação de uma solução de partículas magnéticas sobre a superfície do material a ser testado, formando um campo de fuga de fluxo na região onde há descontinuidades.
Depois, são aplicadas partículas ferromagnéticas fluorescentes, que são atraídas para as regiões onde há fluxo magnético e mostram a presença de trincas, inclusões e outras falhas no material.
Líquido penetrante
O ensaio líquido penetrante consiste na aplicação de um fluido fluorescente na superfície da estrutura, que penetra as descontinuidades devido a baixa tensão superficial.
Em seguida, é feita a retirada do excesso da substância e a aplicação de um pó revelador que, ao ser submetido a uma luz ultravioleta, revela a localização das falhas no material.
É um método muito utilizado em metais, plásticos, cerâmicas, vidros, entre outros materiais não porosos por ser simples e eficaz.
Termografia
A técnica de termografia envolve a detecção de radiação infravermelha emitida pela superfície do material.
Essa técnica é usada para detectar diferenças de temperatura, o que pode indicar o superaquecimento de motores, peças, rolamentos e componentes elétricos.
A inspeção END também pode ser desenvolvida a partir de outros testes, como ensaio de emissão acústica, estanqueidade, ensaios visuais, radioscopia e gamagrafia.
Quando realizar os testes não destrutivos?
Os ensaios não destrutivos END são normalmente realizados durante o processo de fabricação, uso ou manutenção de um componente ou estrutura.
No primeiro caso, o ensaio não destrutivo é desenvolvido para realizar o controle de qualidade das peças que estão sendo desenvolvidas, a fim de garantir que elas estão dentro das especificações do projeto.
Já quando se trata da inspeção de produtos em uso, as técnicas são aplicadas principalmente para avaliar a integridade e detectar defeitos relacionados ao funcionamento.
A identificação de falhas como trincas, corrosão, porosidade e inclusões por contaminação são uma das principais demandas por empresas de ensaios não destrutivos voltadas para manutenção.
As vistorias de danos nesta terceira etapa de análise podem ser feitas tanto de forma preventiva quanto corretiva.
Para saber mais sobre as aplicações do ensaio não destrutivo e como obter os melhores resultados, confira o conteúdo disponível no final da página!
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